quinta-feira, 30 de junho de 2011

Memorial

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS
Tendências Contemporâneas de Currículo






MEMORIAL













Memorial apresentado ao Curso de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências para o conteúdo de Tendências Contemporâneas de Currículo – ECI-209.
Profª. Dra. Rita de Cássia M. Trindade Stano






Kleber Luiz Nogueira n°22163










ITAJUBÁ 2011
Agradeço a Deus pela força, sabedoria e pela iluminação para trilhar este caminho tão belo.
Aos meus companheiros de mestrado: Ângela, Ana Carolina, Janete, Patrícia, Antonio Marcos, Paulo e Rafael. Que muito me ensinaram em nossas conversar.
A professora Rita Stano, que está em um nível acima de todos. Obrigado pelos ensinamentos, diretrizes e por cultivar este amor de lecionar. É uma Educadora.


Resumo
O memorial descritivo da disciplina de Tendências Contemporâneas de Currículo, lecionada pela professora Rita Stano é um relato sobre nossas concepções, nossas experiências, nossos conhecimentos e nossos anseios em nossa relação com a educação.

Retrospectiva
Quando decide matricular na disciplina de Tendências Contemporâneas de Currículo imaginei, que devido a minha formação e pela ênfase do mestrado, que iríamos discutir  a disciplina de ciência no ambiente escolar. Ciências entendido como física, química, biologia e matemática. Em minha concepção iríamos entender o porquê de ensinar tal conteúdo, qual o conteúdo que não deve ficar de fora em seu planejamento e outros pensamentos referentes a organização dos conteúdos. Currículo, para mim, era apenas o conteúdo. O índice do livro didático. Mas estava para mudar.
Ao entrarmos em um bloco de prédio chamado de Titanic, da Unifei, e tendo nossa primeira aula em uma de suas salas com a professora Rita, que começou a aula com um reflexão sobre o que somos naquele momento, onde ando!
Já no outro encontro começamos a dar inicio ao conteúdo em si: Currículo. É conteúdo sim, mas também envolve organização e formaàEstrutura curricularàseleção. Discutimos sobre o currículo como ideologia, produção e reprodução. Foram apresentado alguns nomes importantes da área de currículo nos quais iremos estudar. Estudamos o texto Dos Jesuítas aos anos de 1980.
Depois a professora apresentou algumas definições de currículo: Tradicional; Crítica; e Pós criticas. O colega Paulo apresentou o seu texto falando sobre a situação histórica da educação no Brasil no período jesuítico.
Aqui acontece uma mudança. Começamos a compartilhar de um espaço que melhor nos representava. Da sala da professora Rita. As aulas tornaram mais calorosas, mais humanas. Tão humano, que tive a honra de mais uma vez, poder estar com uma pessoa que já conhecia a tempos: a minha diretora Ângela, que agora é minha amiga, companheira de profissão e mestrado Ângela. Que sabedoria. Obrigado por compartilhar comigo os seus conhecimentos. Neste dia o Antonio Marcos, Patrícia e Ana Carolina junto com a Ângela apresentaram os seus textos. Porem, eu não estava presente devido ao meu problema de saúde: Cólica renal.
Acontece a tragédia de Realengo, que ocupou minha mente com uma simples pergunta: O que a escola representou para o assassino? Rafael Paixão, sábio, que a cada encontro nos surpreendia com as suas historias de vida apresentou o texto referente a Currículo e Programas no Brasil. Depois dele, eu apresentei o texto Histórico Social das Mudanças Educacionais. Surge uma nova idéia: a criação de Blogs.

A professora apresenta as características básica das teorias Criticas e Pós Criticas de currículos, juntamente com os seus principais autores.
Mais uma vez, a pedra no meu rim que é a pedra do meu sapato, não permitiu que eu participasse deste encontro frutífero. Os colegas Antonio Marcos (Apple) e Paulo (Giroux) apresentam as teorias de currículos proposta por esses autores.
A fenomenologia toma conta de mim! Contra a concepção técnica: os reconceptualistas. Foi o texto apresentado por mim. O currículo como construção social é apresentado pela Janete.
Currículo como coleção toma conta e postamos no blog um texto sobre o mesmo.Ana, currículo oculto; Patrícia, Pedagogia do oprimido e pedagogia dos conteúdos; Rafael, onde a critica começa. Recebemos figuras para escrevermos sobre o currículo através das imagens.
Algumas leituras sobre o currículo através da imagem são feitas. Patrícia apresenta um texto Poder e Discurso Cultural e Antonio Marcos sobre as circularidade entres culturas no espaço escolar. Multiculturalismo é apresentado pelo Rafael. Continua ele  mesmo sobre o Marx e as influencias no currículo.
Por fim, “TUDO QUE NÃO INVENTO É FALSO” permeia os meus pensamentos.
Considerações finais
Com tudo isso, percebo mudanças. Currículo deixa de ser visto de forma simplista. Não vi nada do que esperava ver. Que bom. Por que vi algo maior. Compreendi que currículo é um processo que envolve uma vida inteira. “A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.”John Dewey.
Envolve espaços, culturas, poder, saber, necessidade. Ele é de caráter Libertador. A nossa historia com este mundo, as interações com ele, o ambiente em que vivemos é currículo. Aprender transformar isto em conhecimento e checar a suas validades nos libertará. A escola cumpre o seu papel no currículo? Não. Mas creio que quando o currículo nascer dentro do coração da escola e ir em direção ao mundo externo da mesma, com os educadores envolvidos no processo da educação pensando currículo além de conteúdos programáticos e carga horária de disciplinas ela passará a cumprir o seu papel. Recebo as minhas quebras de paradigmas com sucesso. Pois creio que, ao refletir sobre currículo serei mais humano e entenderei que tudo e todos fazem parte para a construção de um conhecimento de qualidade e real. Muito obrigado!!!!
“Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!”
Fernando Pessoa

Complexo e complexidade do currículo

Complexidade trata-se de uma visão interdisciplinar acerca dos sistemas em movimento. Tudo está em completa dinâmica, seja com velocidade constante ou variavel.
Sendo assim, não podemos imaginar que a educação, pensada como curriculo, esta em repouso, separada e destacado de um todo. Tudo influencia e modifica a forma de pensar, agir segundo após segundo. O curriculo é uma coleção de atos, atividades, momentos que compõe as relações da escola.
Segundo Morin:
 “Para Morin, a ciência moderna ou clássica, na busca de sua autonomia em relação ao pensamento religioso da escolástica medieval, acabou por separar-se em vez de apenas distinguir-se da filosofia, do senso comum, das artes e da política. A ciência de base quantitativa se sobrepôs então às diversas formas de conhecimento, inclusive porque favorecia interesses das classes emergentes com as revoluções burguesas.”

As interações das disciplinas com a sociedade devem fazer sentido para tal educação de forma que a multidisciplinaridade possa ser uma forma de abordagem para a construção do conhecimento.
"À primeira vista, a complexidade (complexus: o que é tecido em conjunto) é um tecido de constituintes heterogêneos inseparavelmente associados: coloca o paradoxo do uno e do múltiplo. Na segunda abordagem, a complexidade é efetivamente o tecido de acontecimentos, ações, interações, retroações, determinações, acasos, que constituem o nosso mundo fenomenal. Mas então a complexidade apresenta-se com os traços inquietantes da confusão, do inextricável, da desordem no caos,da ambigüidade, da incerteza... Daí a necessidade, para o conhecimento, de pôr ordem nos fenômenos ao rejeitar a desordem, de afastar o incerto, isto é, de selecionar os elementos de ordem e de certeza, de retirar a ambigüidade, de clarificar, de distinguir, de hierarquizar... Mas tais operações, necessárias à inteligibilidade, correm o risco de a tornar cega se eliminarem os outros caracteres do complexus; e efetivamente, como o indiquei, elas tornam-nos cegos."
O curriculo na forma  da complexidade e complexo, deve sempre nos levar a lugares que não sabemos, que não dominamos, a fim de nos estimular a superar as nossas incertezas. Nossas ações, nossas interações com o mundo nos coloca diante de um conhecimento, de um saber que realmente faz parte do cidadão, da sociedade. Um conhecimento de qualidade, para a vida.

Cultura, poder e educação

Cultura é todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, as leis, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem. A cultura esta dentro de currículos. Pois este homem esta inserido dentro de uma sociedade que interage mutuamente e em todo tempo. E essa interação se dá muitas vezes na escola. E como essas relações de cultura e poder se faz?
Na escola temos os mais diversos tipos de seres humanos, com diferentes criações, valores, poder econômico, classe social e raças que interagem em um único espaço. As relações de poder são estabelecidas entre as pessoas e são respeitadas. O saber constitui, com ele o poder.
A escola deve entender essa diversidade e preparar para as desigualdades que serão comuns neste ambiente. Preparar o professor para as velhas, atuais e novas gerações, concepções de vida, estilo de vida. Ser um local de acomodação do saber para o estudante cidadão, onde pelo fato dele ter uma concepção não tradicional de vida ele não seja diferenciado e muito excluído deste meio. Uma escola é um lugar de todos.

O Currículo como Projeto Pedagógico.

            Quando se fala em projeto, temos como definição como sendo um processo constituído de pessoas, idéias e atividades com objetivos definidos, respeitando as limitações de tempo, espaço, custos e recursos.
            Quando se trata de custos e recursos pensamos em política, no sentido de compromisso com a formação do cidadão para uma sociedade. Mas não podemos esquecer-nos da efetivação da intencionalidade da escola neste processo, pois é nela que ocorre, ou se espera que ocorra, a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, critico e criativo.
            O currículo, como uma conexão de atitudes de vida deve ser pensado como peça fundamental de um projeto pedagógico. Pois é no projeto de currículo que vamos responder: O que? Como? Para que? Em relação a educação. E dependendo da vertente da resposta o seu currículo pode ser pautado em uma simples memorização de conteúdos, uma educação bancaria, ou pode ser estruturado de tal forma que possa fazer sentido a vida do educando. Romper com os paradigmas de currículo e voltar para uma reflexão mais abrangente é necessário. Deixar de enxergar a educação apenas como numero, cifras, gastos e passar a vê-la como um investimento para uma sociedade melhor.
            O currículo vai muito além da seleção de conteúdos, de disciplinas e de carga horária. Currículo é pensar em uma vida. Currículo é respeitar as nossas limitações, é colocar-nos ao ponto que possamos ultrapassar qualquer expectativa de uma sociedade civilizada e melhor.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A crítica pós-estruturalista do currículo

Dados da obra/artigo
Autor:
Título: A critica pós-estruturalista do curriculo
Ano de publicação:

1 - IDEIAS PRINCIPAIS/ARGUMENTOS FUNDAMENTAIS
- Tem como base autores franceses. Principais autores são Michel Foucault e Derrida.
- Tomam referencia no estruturalismo de Saussure. Outros remetem a sua origem a Nietzche e Heiddeger.
- Critica do sujeito centrado e autônomo do modernismo e do humanismo.
- O pós-estruturalismo limita-se a teorizar sobre a linguagem e o processo de significação.
- O pós-estruturalismo é uma continuidade e transcende com uma transformação ao estruturalismo.
- No estruturalismo o sujeito era produto da ideologia. No pós-estruturalismo, não existe sujeito a não ser como simples e puro resultado de um processo de produção cultural e social.
- Foucault: noção de poder. Derrida: conceito de differance. Significado e o significante.


2 - IDEIAS SECUNDÁRIAS/ALGUNS DETALHAMENTOS
            O texto vem trazer um pouco de uma teoria denominada de Pós-estruturalista de currículo, defendida e elabora, principalmente por Foucault e Derrida. Na analise do individuo como resultado de um processo social, histórico e cultural. “O sujeito é o resultado dos dispositivos que o constroem como tal.”
            O significado, no pós-estruturalismo, não é pré-existente. Ele deve ser construído. Ele é cultural e socialmente produzido. Relação com currículo. Junto, Foucault fala sobre a desconfiança sobre a verdade. Ele radicaliza o conceito de verdade e investiga o processo do qual este conceito é considerado verdade.
3 - APRECIAÇÃO CRÍTICA (relevâncias, dúvidas, descobertas, aspectos interessantes, etc).
            Esse texto é bem denso. Uma leitura difícil de fazer mas no fim recompensa o esforço e dedicação. A teoria de pós-estruturalista é interessante de comparar com currículo. O currículo com vida dos discentes, tudo o que ele vive e como ele vive altera o seu conhecimento. Da mesma forma, que o individuo é resultado, produzido, pela interação cultural, social e histórica, o conhecimento deste individuo se assemelha ao mesmo processo. Com essa visão de pós-estruturalista, de desconstrução de binarismos, o currículo pode ser colocado em xeque, em questão, para uma analise.