quinta-feira, 26 de maio de 2011

Imagens


Imagens e Curriculo

Visão é o ato de ver, enxergar. Mas o que realmente enxergamos? Vemos o reflexo da luz que forma a imagem, que pode ser real ou virtual. Ao olharmos para uma imagem podemos nos enlouquecer de pensamentos para deslumbrarmos um conceito, uma opinião. Ao observar as figuras que seguem abaixo, parei e pensei: o que eu vejo nestas imagens no contexto de currículo? Que parto!
Em um primeiro instante vemos apenas o superficial. Um pé de laranja? Um limoeiro? Não sei. Indo a passos largos para uma analise com calma começamos a observar uma fruta, que aparentemente está boa.
Ao pensar sobre o processo de evolução desta espécie percebemos que houve um tempo e um determinado cuidado para a mesma estar em uma boa aparência hoje. Ela passou por varias dificuldades, teve quer ser podada e no inicio ela teve que ser plantada. Refletindo sobre as praticas educacionais e de currículos vemos uma semelhança.
O currículo também é um processo. E como todo processo ele teve ser dinâmico. Ele precisar ser aparado com as políticas educacionais, ele deve ser assistido por financiamentos educacionais para que no fim de uma etapa, de um ciclo, ele possa dar bons frutos. As disciplinas, a interdisciplinaridade no espaço educacional, as disposições do espaço, as suas regras, a sua liberdade de escolha e as suas experiências de vida em mundo real deve regar o seu intelectual para um caminho de conhecimento farto, onde as pessoas envolvidas neste processo possam crescer com qualidade, gerando bons frutos para a sociedade ao nosso redor. Visando que com uma educação pensada, com o currículo sendo entendido como sendo mais que conteúdos e formas de aprendizagem é o melhor caminho para uma sociedade que saiba viver de forma digna, com solidariedade  e respeito as opiniões e diferenças.
Nossa segunda imagem é um gato. Gato, cientificamente do reino Animalia e da família Felidae. Um gato apresenta varias características interessantes: é carinhoso, é caçador, é arisco, é inteligente, possui uma vida de liberdade mas sempre voltando para o seu ambiente de vida. Nas belas palavras de Carlos Drummond de Andrade: "Um gato vive um pouco nas poltronas, no cimento ao sol, no telhado sob a lua. Vive também sobre a mesa do escritório, e o salto preciso que ele dá para atingi-la é mais do que impulso para a cultura. É o movimento civilizado de um organismo plenamente ajustado às leis físicas, e que não carece de suplemento de informação. Livros e papéis beneficiam-se com a sua presteza austera. Mais do que a coruja, o gato é símbolo e guardião da vida intelectual".
Acredito que também podemos nos associar ao gato para uma analise de currículo. Como pessoas diretamente envolvidas no processo educacional, devemos aprender com os gatos sobre como devemos encarar o currículo. Um currículo deve sempre proporcionar em nós um sentimento de liberdade, de caráter libertador. Observamos uma gato tranqüilo. O que aprendemos com isso? O currículo que está inserido nos ambientes escolares é tranqüilo? O nosso currículo deve ser ágil como um gato. Rápido em seus movimentos, esperto em nossas escolhas. Assim devemos ser para um currículo eficaz para atingirmos com qualidade nossa sociedade. Devemos ter a liberdade de ir e vir, experimentar e relatar nossas experiências afim de buscar sempre o lado bom e positivo, para continuarmos em nossa caminhada por uma educação de verdade, que atinja os anseios de todos.
Portanto, ao visualizarmos estas duas imagens percebemos que o currículo é uma processo dinâmico, com adaptações, reformulações e com características únicas para a formação de uma sociedade melhor. As imagens deixam de ser apenas belas para passar a expressar toda a sua informalidade perdida  no tempo e no espaço.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Curriculo como Coleção

Colecionar, ato de ajuntar objetos de mesma natureza, beleza ou significados. Nossas vidas inteiras passamos colecionando. Alguns colecionam paixões, selos, latinhas de refrigerante, experiências vividas. Mas a coleção é para nós. Nossas coleções são retiradas do nosso ambiente, do mundo em que vivemos e enclausuramos em nos mesmo.
Na teoria critica de currículo mostra que currículo é muito mais que disciplinas e conteúdos reunidos por área afim. Currículo são nossas experiências vividas e os significados que tiramos do mundo, no qual foi questionado, interpretados e tornou-se um conhecimento adquirido que podemos usufruir para tomar decisões.
Refletindo sobre currículo e coleção vemos que na escola há uma concepção tradicional de educação pautada, muitas vezes numa coleção de conteúdos, no qual cabe ressaltar que é apenas um item de um currículo, reunidos em um guia utilizado na educação, o livro didático, no qual cada mestre exalta o seu conteúdo da forma que a impressão é que este não esta interligado com os outros e até mesmo com o mundo. Porém neste modelo tradicional, as aulas se concentram no professor como a figura principal do processo educacional Ensino-Aprendizagem, no qual ele detém o conhecimento, que transmite o tal conhecimento para o agente passivo do processo, o discente. No entanto o aluno não é um agente passivo. Ele está integrado a mundo dinâmico no qual tudo está em completo movimento tecnológico, em que sua experiência de vida, de contato com esse mundo, o faz pensar, interagir e criar as suas leituras, os seus significados cotidianos.
            De acordo com as discussões nas aulas do mestrado, de onde vem o currículo?
            O currículo é, deveria ser, uma junção de experiências adquiridas durante nossa caminhada, no qual reunidos poderíamos colocar em xeque tais significados é obter um conhecimento próprio. Onde a onda de informação no qual somos submetidos possa começar a tornar conhecimento. O currículo separado não faz sentido. Precisamos de políticas publicas no qual a sociedade escolar como um todo possa juntamente com órgãos competentes modificar o currículo tradicional onde as disciplinas e outras áreas do sistema educacional possam interagir-se, integrar-se, tornando apenas uma.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Resenha.

Dados da obra/artigo
Autor:
Título: Contra a concepção técnica: os reconceptualistas
Ano de publicação:

1 - IDEIAS PRINCIPAIS/ARGUMENTOS FUNDAMENTAIS
- Concepção tradicional: técnica e administrativa.
- Teoria critica de currículo: Fenomenologia, hermenêutica, Escola de Frankfurt.
-Movimento contra a concepção tradicional.
- Fenomenologia: Suspensão dos conhecimentos, entendimento, do mundo cotidiano.
- Ferramentas para a fenomenologia: Hermenêutica e Autobiografia.
-Hermenêutica: possibilidade de múltiplas interpretações.
- Autobiografia: aspectos formativos, do currículo.

2 - IDEIAS SECUNDÁRIAS/ALGUNS DETALHAMENTOS
O texto aponta para o descontentamento de pessoas do campo de currículo sobre a concepção tradicional da educação. O movimento começa na Inglaterra e França através da sociologia marxista e nos Estados Unidos e Canadá, já âmbito educacional.
Apresenta as teorias criticas que passaram a confrontar os pilares da concepção tradicional que são: aprendizagem, objetivos, medição e avaliação. As criticas a esses pontos da teoria tradicional era necessário, pois os mesmos não apresentam significados no mundo real, onde realmente as pessoas vivem e constroem suas experiências.
       A fenomenologia, concebida em Edmund Husserl, consiste em submeter o entendimento que normalmente temos de mundo cotidiano a uma suspensão. Coloca em xeque os significados, que são aparência das coisas. Com a aparência em dúvida, chegamos na essência do significado, da experiência vivida.    
            Nesta perspectiva da fenomenologia, o currículo não é apenas disciplinas e conteúdos. Currículo é um local no qual docentes e discentes tem a oportunidade de examinar os significados do mundo, da vida cotidiana.
           A fenomenologia tem sido associada outras duas estratégias de investigação: Hermenêutica e Autobiográfica. A Hermenêutica é desenvolvida através da experiência e procura varias interpretações cientificas para o significado. A Autobiografia enfatiza os aspectos formativos do currículo. Permite focalizar o concreto, o situacional e o histórico de nossas vidas.
           
3 - APRECIAÇÃO CRÍTICA (relevâncias, dúvidas, descobertas, aspectos interessantes, etc).
            Analisando a educação desenvolvida nas escolas brasileiras encaixamos a concepção tradicional perfeitamente. Uma educação voltada para dados, estatísticas, números. Uma educação que reforça o modo burocrático, administrativo. Um currículo entendido por apenas disciplinas e conteúdos a ser ensinados.
            Percebemos que a concepção tradicional reforça a criação de uma educação para a formação de pequeno cientista. Não podemos nos esquecer que nossa educação é totalmente guiada pelo vestibular.
            O currículo através da teoria critica leva em consideração uma educação pautada em nossas experiências de mundo. Em nossas vidas cotidianas. A duvida que surgiu durante a leitura do texto é sobre a seleção de conteúdos para a aplicação da Fenomenologia. Será que existe algum conteúdo que não se encaixa nesta teoria.
            Para se ter uma educação por teoria critica precisamos passar por revolução educacional, onde as políticas educacionais de nosso pais possam dar apoio a compreensão da educação básica: uma educação para a vida e não para o vestibular.